Marão da Cosanpa

Não poderia deixar de homenagear este GRANDE AMIGO, mais conhecido como Marão da Cosanpa, sempre trabalhou com honestidade e nunca deixou de ajudar o próximo, sempre batalhou mesmo aposentado, tava ali dia e noite com sua farda. Tive o privilégio de te-lo como amigo, que descanse em paz e pode ter certeza que vai deixar bastante saudades!!!

Cosanpa de Marabá perde Marão Barbosa 

Foi sepultado na última quinta-feira (19), em cemitério da capital, o corpo do marabaense Mário Oliveira Barbosa, 69 anos, um dos mais antigos funcionários da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Marão Beferré ou Berro Grosso, como era carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho, nasceu em 5 de março de 1942, filho de Manoel Rodrigues Barbosa e Arabela de Oliveira Barbosa.

A primeira profissão dele foi de alfaiate, confeccionava roupas e paletós para a elite da época. Porém, cansado da profissão, que lhe rendia pouco, foi trabalhar como cavador de valas e esgotos, para então empresa de Serviço de Água e Esgoto (SAE) a convite do amigo, já falecido, José Ribamar Alves Araújo.

Mário ingressou na Cosanpa em 1º de abril de 1976, quando a companhia foi instalada em Marabá, na função de encanador, Dois, anos atrás se aposentou, por insistência dos colegas, pois tinha muito apego ao que fazia: "Se eu me aposentar, perco o emprego", dizia, em tom de brincadeira.

Tanto assim que, mesmo aposentado continuou trabalhando, até a véspera do Natal do ano passado, quando passou mal e foi encaminhado pelos colegas e amigos a um hospital particular, onde, a princípio, os médicos diagnosticaram que ele estava com câncer generalizado.

"Ele não sentia nada, não se queixava de dor ou mal estar, de nada mesmo. Todo o tempo vivia como se estivesse com saúde plena", conta Manoel Rodrigues, o Manoel da Cosanpa, colega de Mário, completando: "Para nós foi uma grande surpresa esse diagnóstico".

Contatados os parentes de Mário, que vivem em Belém – em Marabá Marão morava só –, ele foi removido para a capital e internado em um hospital particular, onde os médicos de imediato não confirmaram o câncer, segundo Manoel Rodrigues, e passaram a fazer uma série de tratamentos e a submeter Mário a diversos exames, até que, na quinta-feira, ele não mais resistiu.    "O Marão foi uma pessoa benquista no meio da sociedade marabaense. Apesar da fisionomia sempre muito séria, que às vezes intimidava as pessoas, tinha, por trás daquela cara fechada, um humilde e generoso coração", lembra Manoel.

Em setembro de 2010, por ocasião da reinauguração da ETA Nova Marabá, Mário Barbosa disse que conhecia cada subestação, cada metro de tubulação da Cosanpa em Marabá. "Aposentei-me este ano, mas continuo trabalhando. A minha vida é aqui", disse ele, revelando um desejo: "Eu espero ainda ver a cidade com 100% de abastecimento de água da Cosanpa". (Eleutério Gomes)

Fonte: www.ctonline.com.br